Hoje a discussão que une sexualidade e futebol voltou à tona: conforme noticiado pelo G1, o jogador Ronaldo saiu com travestis para um motel, no Rio de Janeiro. Andréia Albertine, uma das travestis envolvidas no caso, gravou um vídeo e pôs no Youtube. Ronaldo teria alegado que queria "apenas se divertir com garotas" e que desistiu de fazer o programa quando descobriu que não eram garotas, mas travestis.
Estas situações podem ser usadas para discutir a condição heteronormativa a que são expostos os diversos atores sociais e os jogadores de futebol, acima de tudo. Já são cerca de 320 respostas ao vídeo de Ronaldo, postado há apenas sete horas. Em sua esmagadora maioria, respostas preconceituosas e baseadas no senso comum heteronormativo.
Obviamente, não é a primeira vez que um jogador de futebol é ofendido por não estar num padrão considerado 'socialmente aceitável' para um esportista. Acontece que, para parte da sociedade, a imagem do esportista é ligada à saúde, e, de maneira eugênica, a homossexualidade é considerada doença, incompatível para um esportista. Para essa parte da sociedade, um atleta homossexual assumido nunca seria um atleta completo. Sempre carregaria o estigma do mas. "É bom jogador, mas é gay". Uma boa discussão sobre o tal mas se encontra aqui.
Sexualizar o debate não é uma saída. O Bola Rosa, por exemplo, faz isso. Elucidar regras do futebol apenas para mulheres sexualiza o debate. Claro que futebol também é para mulheres, mas será que apenas elas não conhecem as regras?
2 comentários:
http://www2.uol.com.br/josesimao/colunafolha.htm
as promised!
=**
Adorei teu post. Muito bom mesmo, é muito importante a sociedade começa a rever seus valores. Eu acredito que independente da natureza sexual da pessoa que Ronaldinho está indo para cama, nada tem a ver com a gente. O caso chegou a virar manchete no jornal, como se isso fosse a coisa mais importante ou mais absurda que aconteceu no dia (duvido). Quanto ao Bola rosa Erica vai me desculpar pois concordo com você (apesar de achar a proposta bastante válida, pois isso exclui as mulheres de certa forma), afinal eu mesma conheço mais de futebol do que meu noivo (rs).
bjos
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